Uma apresentação de O Mágico de Oz que aconteceu na última quinta-feira (27), trouxe uma participação especial do CEO da Warner Bros. Discovery, David Zaslav e também do CEO da The Sphere, onde aconteceu a exibição, James Dolan, no longa por meio de inteligência artificial.

“[Eles] substituíram os rostos de dois personagens baixíssimos, de dois segundos de duração, do filme pelo meu e pelo David. Desafio você a encontrá-lo,” disse o executivo. O especialista de efeitos visuais, Ben Grossmann, comentou sobre a situação. “Eram personagens não creditados que estavam muito borrados para serem identificados, e agora foram melhorados para serem identificados.”

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A empresa também utilizou IA para adaptar o filme à tela gigante da Esfera, assunto amplamente discutido pelos executivos durante a pré-estreia. Grossmann explicou: "Tínhamos uma escolha. Poderíamos contratar artistas modernos para reanimar essas performances manualmente, o que, na nossa opinião, destruiria a integridade da performance original", ou adotar "uma nova tecnologia que permite treinar com elementos que já existiam antes, para que ela possa reproduzi-los com precisão. E então testamos por dois anos para garantir que, se usássemos IA, teríamos mais integridade em relação às performances originais do que se não a usássemos, porque as únicas alternativas eram a computação gráfica, que consistia em humanos manipulando a performance".

Grossmann observou que "a obra de arte original continua existindo" em muitos outros lugares mesmo com o uso de IA. "Nós a adaptamos para um novo meio e fizemos isso com o que acreditamos ser um alto grau de autenticidade e integridade em relação à execução original", disse ele.

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"Mantivemos contato com seus descendentes. Mantivemos contato com os detentores da propriedade intelectual, licenciamos todo o material adequadamente e garantimos que os modelos de IA, que podem ser controversos, sejam ajustados específica e exclusivamente ao material original. Então, fizemos tudo o que as pessoas se preocupavam em fazer corretamente e que ninguém havia feito antes."

Dolan acrescentou que "realmente não acha que seja uma crítica justa" ao uso de IA e quer que as pessoas assistam ao filme antes de fazerem julgamentos. Grossmann respondeu: "Acho que [com] a controvérsia em torno da IA ​​substituindo os humanos por meio da tecnologia, acabamos empregando mais artistas neste projeto do que Hollywood empregou nos anos anteriores, apenas para continuar esta jornada", trabalhando com mais de 1.000 artistas durante todo o processo.

Fonte: Omelete // Igor Pontes