FILMES NO CINEMA

Terence Stamp, General Zod de Superman, morre aos 87 anos

Publicado em 17/08/25 13:00

O ator britânico Terence Stamp, nascido em Londres em 22 de julho de 1938, faleceu hoje aos 87 anos. Reconhecido por sua expressão severa, voz marcante e presença imponente, Stamp construiu uma carreira de mais de seis décadas que o tornou um dos intérpretes mais versáteis e respeitados de sua geração.

Seu primeiro papel no cinema foi também um marco: Billy Budd (1962), adaptação dirigida por Peter Ustinov do romance de Herman Melville, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante e o apresentou ao mundo como um talento promissor. A partir dali, consolidou-se como um rosto emblemático do cinema britânico dos anos 1960, trabalhando em produções como O Colecionador (1965), de William Wyler, e Modesty Blaise (1966), tornando-se ícone do cinema pop e da contracultura.

Nos anos 1970, alcançou reconhecimento mundial ao interpretar o vilão General Zod em Superman (1978) e novamente em Superman II (1980). Sua interpretação implacável ajudou a eternizar o personagem como um dos antagonistas mais memoráveis da história dos quadrinhos no cinema, antecedendo a era dos grandes blockbusters de super-heróis.

Stamp também deixou sua marca em filmes cult e obras autorais. Em 1994, surpreendeu ao protagonizar a comédia dramática australiana Priscilla – A Rainha do Deserto, no papel da transexual Bernadette, conquistando novos públicos e demonstrando sua versatilidade artística. Este trabalho foi celebrado como um dos mais icônicos de sua carreira tardia, expandindo sua imagem para além do arquétipo de vilão.

Na virada do milênio, integrou elencos de destaque em Hollywood, como A Mansão Mal-Assombrada (2003), ao lado de Eddie Murphy, e emprestou sua voz ao Superman em Smallville. Mais recentemente, atuou em Noite Passada em Soho(2021), de Edgar Wright, reforçando sua presença contínua no cinema contemporâneo e mantendo sua aura de mistério e intensidade.

Além do trabalho como ator, Stamp também se dedicou à escrita, publicando memórias e livros sobre sua vida e filosofia pessoal, o que consolidou sua imagem de artista multifacetado.

A família declarou em comunicado oficial: “Ele deixa um trabalho extraordinário, tanto como ator quanto como autor, que continuará a emocionar e inspirar pessoas por anos. Pedimos privacidade neste momento.”

 

Fonte: Omelete // Júlia Henn

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