James Bond | Danny Boyle lamenta que perdeu chance de dirigir franquia
Publicado em 15/06/25 14:00
Danny Boyle voltou a falar sobre a sua relação com a franquia James Bond essa semana, durante uma entrevista ao Business Insider. O diretor de Extermínio foi escolhido há uns anos para dirigir o capítulo que depois se tornou Sem Tempo para Morrer, mas deixou o projeto após desentendimentos com os produtores.
Na conversa, Boyle revelou que a única frustração que teve ao deixar o projeto se relacionava com o roteiro. "Ele era realmente bom. John Hodge é um roteirista maravilhoso", disse o cineasta.
Boyle também confirmou que a sua versão do filme incluía também a morte de James Bond, já que o evento foi negociado por Daniel Craig em seu contrato para o projeto. O diretor também teria um russo como vilão da história.
Ele também confirmou que não tem mais interesse em trabalhar na série, mesmo com a Amazon assumindo o controle criativo nos últimos meses. "Esse barco já zarpou."
De acordo com o Puck, Amy Pascal e David Heyman estão em negociações com a Amazon para assumir a produção da franquia. Trata-se de dois veteranos de Hollywood. Pascal trabalhou com 007 quando era chefe da Sony Pictures, responsável por lançar filmes como Casino Royale e Skyfall fora dos EUA (onde a MGM cuidava dos lançamentos). Ela também foi produtora de Barbie, dos filmes de Homem-Aranha com Tom Holland e das animações Aranhaverso.
Já Heyman tem um histórico que envolve outro personagem celebrado da cultura britânica. Ele foi produtor dos filmes de Harry Potter. Os contratos ainda não foram fechados.
Com mais de 20 filmes lançados desde os anos 1960, 007 é uma das franquias mais longevas do mundo dos cinemas. Desde o princípio, a família Broccoli tem pastoreado o personagem e seus filmes. Primeiro com Cubby Broccoli, fundador da Eon, e depois com seus filhos Michael G. Wilson e Barbara Broccoli, que em 2025 resolveram vender o controle criativo do personagem para a Amazon pelo valor especulado de US$ 1 bilhão.
A Amazon havia comprado o estúdio que é casa de James Bond, MGM, por US$ 8.5 bilhões, e detinha os direitos de distribuição e lançamento dos filmes. A parte criativa, porém, continuava com os Broccolis, que se recusavam a tratar 007 como "conteúdo", bolando derivados e coisas do tipo. A Amazon tinha outros planos, e depois de anos de tensão (e nenhum progresso na reconstrução da franquia após o fim da era Daniel Craig), a solução foi pagar pelo controle total. A venda foi vista como chocante, já que os Broccolis eram, historicamente, muito apegados ao personagem criado por Ian Fleming.
"Desde sua introdução nos cinemas há mais de 60 anos, James Bond se tornou um dos personagens mais icônicos do entretenimento filmado", disse Mike Hopkins, chefe do Prime Video e da Amazon MGM Studios. "Nós somos gratos ao saudoso Albert R. Broccoli e a Harry Saltzman por trazer James Bond aos cinemas de todo o mundo, e a Michael G. Wilson e Barbara Broccoli por sua inabalável dedicação em seus papeis de continuar o legado de uma franquia tão adorada por legiões pelo mundo. Nós estamos honrados em continuar esse legado de ouro, e estamos ansiosos para adentrar a nova fase do lendário 007 para novos públicos pelo mundo", continuou o executivo.
Prime Video: assine grátis por 30 diasAgora, 007 entrará numa nova fase, pela primeira vez nas mãos de um estúdio (e uma gigante de tecnologia) e não da família responsável por estabelecê-lo como um ícone cultural. Ainda não se sabe quando um novo filme de James Bond será lançado, e muito menos quem assumirá o papel do agente 007.
Fonte: Omelete // Pedro Strazza