Diretores iranianos pedem fim de programa nuclear e de conflito com Israel
Publicado em 19/06/25 14:00
Os cineastas iranianos Jafar Panahi e Mohammad Rasoulof se manifestaram publicamente pedindo para que o governo do Irã encerre conflito com Israel. Os diretores também pedem para que as pesquisas com urânio, que podem fazer parte de um programa nuclear, sejam interrompidas.
CCXP25: ingressos à venda para todos os dias! Garanta o seu para viver o épico!As manifestações de Panahi e Rasoulof foram feitas em uma carta, (via The Hollywood Reporter). Confira trechos: “Exigimos a interrupção imediata do enriquecimento de urânio pela República Islâmica, o fim das hostilidades militares, o fim dos ataques à infraestrutura vital no Irã e em Israel e o fim dos massacres de civis em ambos os países”, diz a carta aberta.
“Acreditamos que a continuação do enriquecimento de urânio e a guerra devastadora entre a República Islâmica e o regime israelense não servem ao povo iraniano nem à humanidade em geral”, continua o texto, enviado ao Le Monde. “O enriquecimento de urânio não é de forma alguma do interesse do povo iraniano. Eles não devem ser sacrificados pelas ambições nucleares ou geopolíticas de um regime autoritário”, afirmaram os diretores.
Em suas redes sociais, Panahi falou pessoalmente sobre as tensões entre o Irã e Israel. "Esta situação é profundamente dolorosa e mortal para mim; não apenas pela distância inevitável de casa, mas também pelo sentimento de incapacidade de enfrentar o sofrimento das pessoas que são sacrificadas todos os dias no coração desta guerra. Quando o destino de uma nação se torna refém de ambiciosos e ávidos por poder, o que nos resta é apenas raiva, tristeza e a pesada responsabilidade de contar a verdade às gerações futuras".
Nas últimas décadas, Benjamin Netanyahu tem acusado o Irã de ter um programa nuclear robusto, e sob a justificativa de segurança nacional, começou a bombardear a capital do país, Teerã, deixando diversos civis mortos ou feridos. O Irã, então, respondeu com uma ofensiva sobre Tel-Aviv que já dura dias.
Fonte: Omelete // Matheus Fiore