Longe dos holofotes desde que foi demitido da direção de Bohemian Rhapsody, Bryan Singer estará de volta à direção em um projeto secreto e estrelado por Jon Voight. Segundo a Variety, o cineasta israelense Yariv Horovoitz (Rock the Kasbah) também está envolvido na produção.

Fontes da Variety afirmou ter visto a versão final do filme - que não teve título revelado ainda - e o descreveu como "um filme muito bem feito, com potencial para a temporada de premiações". O relato, no entanto, também afirma que  "será um enorme foco de controvérsia" devido ao tema".

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De acordo com o site a história seria ambientada no Oriente Médio, no final dos anos 70 ou início dos anos 80, durante a ocupação israelense do Líbano. O filme também é descrito como um drama de época, que gira em torno do relacionamento entre pai e filho, na Grécia em 2023, o que pode indicar que a história será contada em flashbacks. "Faz com que Israel pareça muito ruim e pode ser polarizador", acrescentou a fonte da Variety. 

Nos últimos anos, Singer - diretor dos filmes de X-Men e Superman: O Retorno - foi acusado de assédio sexual por quatro homens em uma reportagem publicada pelo The Atlantic. O diretor negou todas elas e acusou a publicação de homofobia. A repercussão dos casos adiou a produção de Red Sonja, adaptação das HQs que o diretor comandaria e acabou sendo retirado do projeto. Singer também foi demitido de Bohemian Rhapsody, por diversas ausências no set, mas o cineasta alega que os motivos para essa decisão foram problemas familiares.

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Ele também concordou em pagar US$ 150 mil para encerrar o processo em que foi acusado de estuprar um menor de idade em 2003, em uma festa na cidade americana de Seattle. Segundo o site The Wrap, o advogado Andrew Brettler, que representa Singer no caso, disse que a decisão foi baseada "puramente em negócios" e que Singer é inocente.

Um dos principais alvos de protestos do movimento #MeToo, Bryan Singer também teve o nome envolvido em polêmicas com o elenco de X-Men. De acordo com uma reportagem do THR, a maneira como o cineasta se portava no set já incomodava o elenco nas filmagens do primeiro longa, lançado em 2000, mas atingiu seu ápice durante a produção de X-Men 2.

 

Fonte: Omelete // Alexandre Almeida