7 Versões do Drácula na cultura pop
Publicado em 01/08/25 18:00
Pouquíssimos personagens na história da cultura pop e literatura tiveram tantas versões quanto o Conde Drácula. Desde que o livro de Bram Stoker foi lançado no fim do Século XIX, o mais famoso dos vampiros foi reinterpretado de incontáveis maneiras.
Isso também vale no cinema, onde diferentes versões Drácula perseguem suas vítimas há, literalmente, mais de 100 anos. Nesse período, o vampirão já foi muitas coisas: um monstro desfigurado, um romântico perdido e até um chefe abusivo.
Aqui, vamos listar algumas dessas versões, começando pela mais nova.
Drácula: Uma História de Amor Eterno (2025)
A mais recente adaptação de Drácula para o cinema vem nas mãos de Luc Besson, o diretor francês responsável pelos clássicos O Profissional e O Quinto Elemento. Ainda repleto de suspense e vampirismo, Drácula: Uma História de Amor Eterno localiza no desejo do conde pelo sangue, em especial pelo sangue de Mina Harker, um desejo pelo amor. Abraçando o romance trágico, o filme usa a imortalidade de Drácula para tratar de como, desde sua origem, ele busca o amor de sua vida.
Drácula (1931)
O feijão com arroz dos filmes de Drácula sem dúvida é o Drácula de 1931. Parte da lendária leva de filmes de monstro da Universal Pictures nos anos 1930 e 1940, esse filme colocou um dos maiores nomes da época, Bela Lugosi, para interpretar o vampiro. As ideias ocidentais sobre seu visual, seu comportamento e suas dinâmicas partiram daqui. De muitas maneiras, esse é o filme mais essencial do Drácula, mas ele foi o primeiro.
Nosferatu (1922)
A esposa de Bram Stoker tentou queimar todas as cópias de Nosferatu quando este estava para sair em 1922. A razão? O lendário filme de F.W. Murnau é uma adaptação não autorizada do livro original de Stoker, trocando o Conde Drácula por Conde Orlok, e os Harkers pelos Hutters. Mas Murnau trouxe seu tempero próprio: o Orlok de Max Schreck não só tem um visual inesquecível, como ele também é uma metáfora para a peste negra e epidemias no geral, algo que estava presente na mente do mundo em 1922, já que o surto da Gripe Espanhola havia acontecido apenas quatro anos antes.
Nosferatu (2024)
Muito do que Bram Stoker criou para o Drácula veio a partir do folclore europeu sobre vampiros, e ninguém no cinema atual entende folclore como Robert Eggers, diretor de A Bruxa e O Farol. Com seu Nosferatu, ele fez um filme de vampiros que ousamos chamar de realista, ainda que dentro da fantasia. Eggers volta aos mitos originais: vampiros que mordem no peito (pois é onde está o coração) e não no pescoço; que morrem através de estacas de metal e não de madeira; e o Orlok de Bill Skarsgard não só tem um sotaque romeno, como realmente tem um visual de conde.
Christopher Lee (1958 até 1970)
Ninguém interpretou o Drácula mais vezes do que Christopher Lee. Na icônica Hammer, produtora de filmes de terror, o ator interpretou o vampiro seis vezes, e ainda voltou ao papel uma última vez com Conde Drácula de 1970; considerada uma das mais fiéis adaptações do livro. Se o Drácula tem uma face no cinema, é a de Lee, que o viveu com uma mistura potente de erotismo, loucura e humor sombrio. Seu Drácula é imponente, traiçoeiro e atemporal.
Drácula de Bram Stoker (1992)
Por vezes chamada de "o filme mais experimental já lançado por um estúdio hollywoodiano", a adaptação de Drácula dirigida por Francis Ford Coppola é, de fato, uma visão idiossincrática, inspirada e monumental do romance de Bram Stoker. Em sintonia com o erotismo, com o desejo e com o surrealismo de vampiros, Coppola pode não ter feito um filme perfeito, mas fez algo talvez mais valioso: um filme único e inesquecível. Vivido por Gary Oldman, este Drácula abraça tanto o romance perdido quanto a monstruosidade do personagem.
Renfield - Dando Sangue Pelo Chefe (2023)
A graça de Renfield está em gastar tempo com o ajudante do Conde Drácula no livro de Stoker: o pobre Renfield de Nicholas Hoult, porém, sofre até mais do que o comedor de animais do romance original, porque ele tem que aguentar as cobranças constantes de seu chefe há séculos. Situado em tempos modernos, esse filme usa a comédia para encenar uma história de chefe e empregado inusitada. Ah, e o Drácula? Simplesmente Nicolas Cage. Não precisamos dizer mais nada.
Fonte: Omelete // publieditorial