O primeiro filme solo da Supergirl nos cinemas será baseado em uma das obras mais elogiadas dos últimos anos. A HQ Supergirl: Mulher do Amanhã escrita por Tom King e ilustrada por Bilquis Evely, é como um western espacial sobre vingança, moralidade e legado kryptoniano. A narrativa acompanha Ruthye, uma jovem alienígena cujo pai é assassinado pelo mercenário Krem. Ela pede ajuda a Kara Zor-El, que, diferente do Superman, cresceu em Krypton e carrega o trauma da destruição de seu planeta. Juntas, elas atravessam sistemas estelares em busca do assassino, encontrando civilizações devastadas, conflitos culturais e guerras locais que ampliam a carga emocional e ética da jornada. A história examina como Kara lida com violência e perda, e como a presença de Ruthye reabre nela um senso de responsabilidade e compaixão.

E como isso será adaptado para os cinemas? Neste artigo temos um explicado de tudo que é mostrado nos quadrinhos e como isso pode ser mostrado nas telonas! Confira:

Personagens (HQ e cinema)

Kara Zor-El / Supergirl — interpretada por Milly Alcock
Kara é a protagonista da história. Criada em Krypton, viveu a destruição do planeta e chega à Terra já formada emocionalmente - assim como vemos no filme do Superman. Carrega raiva, cansaço e um senso de dever duro, mas ainda busca um propósito real. Sua versão cinematográfica seguirá esse tom, apresentando uma mulher marcada por trauma, mas não definida por ele - e também em busca de alguns bares e brigas nessa jornada.

Ruthye Marye Knoll — interpretada por Eve Ridley
A jovem que inicia a jornada e fica ao lado de Kara. É a narradora da HQ, descrevendo Supergirl com admiração, mas também constatando suas falhas. Ruthye funciona como contraponto moral: ela deseja vingança, enquanto Kara tenta orientar esse impulso para justiça - as duas se tornam opostos interessantes e que engrandecem a história em si.

Krem das Colinas Amarelas — interpretado por Matthias Schoenaerts
O primeiro vilão. É o responsável por matar o pai de Ruthye e motivar a perseguição que move a trama. Nos cinemas, tende a ser apresentado como símbolo da brutalidade do universo exterior e catalisador do papel de Kara como agente de justiça.

Comet, o Cavalo Cometa — elenco/voz não anunciados
Figura recorrente dos quadrinhos que, na HQ, surge como aliado improvável. Sua presença representa a estranheza e amplitude moral do cosmos. Ainda não há confirmação oficial de participação no filme, mas Gunn e Gillespie estudam elementos dessa mitologia.

O Rei dos Eternos / Monarca Alienígena — elenco não anunciado
Um dos governantes que aparece na HQ, simbolizando sistemas inteiros corroídos por violência e corrupção. Representa como a jornada de Kara e Ruthye funciona como radiografia da injustiça no cosmos. Caso adaptado, deve reforçar a dimensão política e trágica do enredo.

Krypto, o Supercão — interpretado via captura de movimentos por Ozu, cachorro de James Gunn
Embora não seja central na HQ, o personagem existe dentro da mitologia kryptoniana e Gunn já afirmou que deseja integrá-lo em algum momento do DCU. Sua presença no filme ainda não é confirmada, mas ele pode surgir como parte da trajetória kryptoniana compartilhada de Kara e Clark.

Superman / Clark Kent — interpretado por David Corenswet
Não participa diretamente da HQ, mas terá papel relevante no DCU e influencia como Kara é percebida no cinema. Corenswet estreia como Superman meses antes de Alcock em Woman of Tomorrow. A relação entre os dois, mesmo que indireta, será central para entender a dualidade kryptoniana do universo.

Elenco e equipe por trás do filme

O filme estreia em 2026 com Milly Alcock como Supergirl. A direção é de Craig Gillespie, escolhido também por sua habilidade de trabalhar protagonistas femininas, já que comandou filmes como Cruella e Eu, Tonya. O longa integra o planejamento de James Gunn, que supervisiona a adaptação e confirmou Tom King como uma das vozes consultivas do DCU.

O espírito do filme seguirá o tom de western espacial da HQ: planetas distintos, dilemas morais, perseguição intergaláctica e construção de caráter através de trauma e responsabilidade. A narrativa deve preservar a estrutura de Kara e Ruthye, adicionando escala cinematográfica e conexões diretas com o universo que Gunn está consolidando - certamente veremos Krypton, a destruição e, possivelmente, interação entre Kara e Superman.

Conexão com o filme do Superman

A relação entre Kara e Clark será um dos eixos do novo DCU. Ambos são kryptonianos, mas chegaram à Terra em momentos diferentes. Clark nunca testemunhou Krypton, sendo criado como humano; Kara viu o planeta ser destruído e carrega memória, dor e perda.

Essa diferença será fundamental para o contraste entre os dois personagens. Kara não será apresentada como sombra de Superman, mas como alguém mais endurecido e consciente da crueldade do universo — e isso influenciará como ela opera como heroína no DCU.

Além disso, a presença potencial de Krypto e de imagens/lembranças de Krypton pode conectar emocionalmente os dois filmes. Superman deverá estabelecer a nova leitura da cultura kryptoniana, enquanto Supergirl expandirá essa perspectiva sob um ângulo mais íntimo e traumático. A união dos dois deve preparar narrativas cósmicas maiores, como Brainiac ou ameaças interplanetárias futuras.

Fonte: Omelete // A cozinha