A Justiça de Massachusetts (EUA) negou o pedido do ator Kevin Spacey para não comparecer fisicamente ao tribunal para depor sobre a acusação de agressão e abuso sexual contra um rapaz de 18 anos, em um caso que teria acontecido em um bar de Nantucket, em julho de 2016.

Spacey alegou à Justiça que a presença dele "amplificará a publicidade negativa já gerada em conexão com este caso", informou o jornal "The Boston Globe". Entretanto, a acusação continua marcada para 7 de janeiro, às 11h, no tribunal distrital de Nantucket. Os réus são obrigados a comparecer, a menos que sua presença seja dispensada por um juiz.

Caso seja condenado, o ator de 59 anos poderá cumprir penas de até cinco anos de prisão, ou até dois anos e meio na cadeia ou uma "casa de correção" (espécie de reformatório) e um requerimento para se registrar como agressor sexual, segundo documentos judiciais.

De acordo com a ação, a vítima trabalhava como garçom em um bar na época, e após o seu turno se juntou a Spacey. O garoto mentiu a idade falando que tinha 23 anos para conseguir com que o ator pagasse algumas bebidas para ele no estabelecimento.

A vítima registrou o momento em um vídeo no Snapchat e ainda enviou a filmagem para a namorada, explicando que Spacey estava dando em cima dele no bar.

Os registros oficiais apontam que o garoto pediu para tirar uma foto com o astro, e Spacey explicou que só tiraria a foto caso eles fossem juntos para casa. Ambos trocaram telefone e, mais tarde, a vítima garantiu que o ator abriu sua calça e a assediou.

No mesmo dia em que a acusação foi anunciada, Kevin Spacey divulgou em suas redes sociais um vídeo enigmático, onde aparentemente interpreta Frank Underwood, seu personagem na série "House of Cards", e faz diversos questionamentos sobre a conduta da sociedade que poderiam servir tanto para o personagem quanto as acusações que tem enfrentado na vida real.

Fonte: UOL Cinemas // Paulo Pacheco