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Billy e Stu eram gays? Roteirista de 'Pânico' responde teoria dos fãs

Publicado em 22/01/22 05:00

Mesmo com o lançamento de um novo "Pânico", os fãs ainda teorizam sobre o primeiro filme da franquia, lançado há mais de 25 anos. Seriam os assassinos Billy Loomis e Stu Macher gays? Se você acha que sim, pode estar certo.

O roteirista do primeiro filme e produtor da franquia, Kevin Williamson, revelou que os personagens realmente estavam inseridos em um relacionamento queer, isto é, fora dos padrões heteronormativos, inspirados no casal de assassinos Nathan Freudenthal Leopold Jr. and Richard Albert Loeb, da década de 1920.

"É meio homoerótico no sentido de que esses dois caras mataram alguém só para saber se conseguiriam se safar. E uma das razões que poderia fazer alguém seguir esse plano é estar secretamente apaixonado por aquela pessoa. Se você pesquisar sobre os dois, pensará: 'Ok, é o mesmo de Billy e Stu'", revela o roteirista, que também é gay.

Neve Campbell, protagonista da saga, também concorda que Stu e Billy viviam em um relacionamento. "São rapazes confusos. Talvez sua raiva venha de não poderem ser quem são. Stu amava mais o Billy do que o contrário? Com certeza", disse a atriz ao "Pride Source".

"Stu estava secretamente apaixonado por Billy? Talvez. Billy o manipulou? Provável. Nos resta cogitar. Billy estava orquestrando tudo e Stu o ajudou. Quais eram os sentimentos de Stu? Não sabemos", provoca Kevin.

O roteirista admite que enquanto escrevia o primeiro "Pânico", lançado em 1996, se sentia "apreensivo em apresentar o meu lado gay em meu trabalho", fazendo parecer que o lado queer de Billy e Stu fosse algo apenas codificado e até acidental.

O novo "Pânico" conta com sua primeira personagem abertamente LGBTQ+, Mindy, interpretada pela também atriz queer Jasmine Savoy-Brown. Uma evolução e tanto para os últimos 25 anos para uma saga tão importante para este público.

Kevin Williamson ao lado de Neve Campbell e Courteney Cox, estrelas de 'Pânico'
Imagem: Instagram

"Eu sei como é. Eu acho que jovens LGBT+ entendem esse elemento de sobrevivência que precisamos ter dentro de nós. E quando assistimos àquela garota se provando, enfrentando os desafios e salvando sua vida, acho que é algo que toda criança gay consegue se relacionar", conclui Kevin, em entrevista ao "The Independent"

Fonte: UOL Cinemas // Daniel Palomares

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