Robert J. Flaherty

Robert Joseph Flaherty (1884, Iron Mountain, Michigan, EUA - 23 de Julho de 1951, Brattleboro, Vermont, EUA), foi um cineasta norte-americano.

É considerado, tal como Dziga Vertov, cineasta russo, um dos pais do filme documentário, nos primórdios do cinema directo. É o inventor da docuficção (Moana - 1926), gênero esse amplamente explorado por Jean Rouch. A docuficção é uma prática utilizada por Flaherty, de um modo mais ou menos regular, em todos os seus filmes desde Moana.

Numa das primeiras referências ao gênero, o termo documentário foi utilizado pelo jornal New York Sun num artigo do realizador britânico John Grierson, ele também um dos primeiros a cultivar esse modo de fazer cinema. Grierson viria entretanto a trabalhar com Flaherty, que produziu e realizou em 1922 o primeiro filme documentário de longa-metragem com sucesso internacional: Nanook, o Esquimó. Este filme é considerado o primeiro em que implicitamente é aplicado o conceito de antropologia visual.

Contemporâneo de Flaherty, o português José Leitão de Barros é, juntamente com ele, um dos pioneiros da docuficção e da etnoficção.