Wicked | Final explicado, quem é quem e conexão com Mágico de Oz
Publicado em 23/11/25 16:00
Wicked: Parte 2 chegou aos cinemas, finalmente. O desfecho da história de Elphaba e Glinda traz consigo uma série de perguntas, além de revelar a esperada conexão com personagens icônicos de O Mágico de Oz.
Neste texto, o Omelete explica tudo que acontece e mostra, com spoilers, claro, como os dois filmes se conectam!
A CONEXÃO ENTRE MÁGICO DE OZ E WICKED
A adaptação cinematográfica de Wicked funciona principalmente como uma reinterpretação do clássico O Mágico de Oz. Enquanto o filme de 1939 conta a jornada de Dorothy Gale, que cai em Oz, segue a Estrada de Tijolos Amarelos, encontra os companheiros Leão, Espantalho e Homem de Lata e descobre que “não há lugar como o lar” — a narrativa de Wicked gira em torno das personagens previamente coadjuvantes: Elphaba Thropp (futura Bruxa Má do Oeste) e Glinda Upland (futura Bruxa Boa do Norte).
Em Wicked: Parte 2, muitos eventos passam a fazer parte do mundo conhecido de Oz: a ascensão de regimes autoritários, a manipulação das narrativas, a transformação de personagens “ameaça” em vilões oficiais. Por exemplo: a “morte” da Bruxa Má que Dorothy presencia no filme original é, na versão Wicked, uma encenação. O Espantalho e o Homem de Lata, por exemplo, ganham origem bem definida e conectada com a história geral, seja do filme antigo seja do novo.
FINAL EXPLICADO DE WICKED
No desfecho de Wicked: Parte 2, diversos fios narrativos se entrelaçam para encerrar a jornada de Elphaba, Glinda e Fiyero, além de preparar o mundo de Oz para o que Dorothy encontrará no clássico de 1939. Os principais acontecimentos:
Elphaba confronta o Mágico e o regime que oprime os animais de Oz, recruta os macacos para si, para depois entender que pouco adianta sua luta.
Fiyero, que foi capturado e torturado pelas forças do regime do Mágico, é salvo por Elphaba com um feitiço que o transforma no Espantalho — de modo que ele escape da morte e viva numa nova identidade.
Para que Glinda não fosse sacrificada junto a ela, Elphaba convida Glinda a se afastar e permite que Dorothy (e o público de Oz) acreditem que ela foi morta pelo balde de água.
Glinda assume o poder em Oz com nova consciência, reconhecendo a necessidade de mudança no sistema. Enquanto isso, Elphaba e Fiyero partem juntos para um exílio ou vida nova fora de Oz, livres das mentiras que os prenderam.
O filme termina com uma cena simbólica: Glinda descobrindo seus poderes latentes (por meio do livro Grimório) e Elphaba olhando para trás, rumo à liberdade.
Assim, o final não celebra uma vitória triunfante convencional, mas uma libertação: Elphaba sai de Oz não como a vilã imposta pelo sistema, mas como alguém que fez sua própria escolha; Glinda permanece para consertar o mundo que ajudou a formar; Fiyero sobrevive, transformado, e segue ao lado dela em um novo papel.
QUEM SE TRANSFORMA EM WICKED: PARTE 2
Veja um guia completo dos protagonistas e como a história deles desemboca diretamente no que Dorothy encontra quando chega a Oz.
Elphaba Thropp — a futura Bruxa Má do Oeste
Interpretada por Cynthia Erivo, Elphaba é o centro emocional da história. Nascida com a pele verde e tratada como estranha desde a infância, ela cresce com uma moral rigorosa e um desejo de justiça que a coloca em choque com o regime autoritário do Mágico. Na Parte 2, ela passa a ser oficialmente rotulada como “má”, não por suas ações, mas porque ameaça o sistema. No filme clássico, Dorothy vê uma vilã caricata; Wicked mostra uma mulher que sobreviveu à perseguição e precisou se esconder para existir.
Glinda Upland — a Bruxa Boa do Norte
Ariana Grande interpreta Glinda, inicialmente obcecada pela própria imagem e por manter status. Em Parte 2, ela amadurece ao perceber o custo de sustentar um sistema injusto — especialmente quando esse sistema destrói a vida da melhor amiga. Sua permanência em Oz após a “morte” de Elphaba conecta diretamente com o papel que ela assume em O Mágico de Oz: a figura pública da bondade, agora carregando a culpa e a responsabilidade de saber a verdade.
Fiyero Tigelaar — de príncipe rebelde a Espantalho
Um dos pontos mais importantes de Wicked é a origem do Espantalho. Interpretado por Jonathan Bailey, Fiyero começa como um príncipe despreocupado, mas a jornada ao lado de Elphaba revela sua coragem real. Quando é capturado pelas forças do Mágico, Elphaba realiza um feitiço de vida ou morte que o transforma no Espantalho. Assim, o personagem icônico do filme de 1939 passa a ter uma tragédia real: ele não é uma criatura de palha, mas alguém salvo às pressas, vivendo escondido em outra forma.
Nessarose Thropp — a Bruxa do Leste
A irmã de Elphaba ganha protagonismo em Wicked ao mostrar como a fragilidade emocional e a dependência de magia moldam sua trajetória. O filme revela que ela se torna, de fato, a Bruxa do Leste, aquela cuja morte acidental por Dorothy desencadeia a caça à Bruxa Má. Ou seja: o impacto emocional e político que atinge Elphaba no clássico nasce diretamente da queda da própria irmã.
Boq — o futuro Homem de Lata
O munchkin apaixonado por Glinda segue um arco de frustração e obsessão que termina de forma trágica. Após um encantamento mal-sucedido, Nessarose e Elphaba acabam protagonizando a transformação de Boq no Homem de Lata. Em Wicked, ele é um rapaz tentando achar seu lugar; em O Mágico de Oz, ele ressurge como um ser sem coração.
O Leão Covarde — a origem do medo que o define
Wicked também explica como nasce o Leão Covarde. No musical e na versão cinematográfica, ele aparece inicialmente como um filhote que Elphaba tenta proteger de experimentos conduzidos pelo corpo governante de Oz. Quando ela o liberta, sem querer reforça nele uma marca: o trauma da captura e da exposição extrema cria o medo que ele carregará para sempre. Isso significa que o famoso pedido do Leão (ter coragem) não é apenas uma metáfora. É a consequência direta do choque inicial ligado à perseguição às criaturas mágicas de Oz.
O Mágico e Madame Morrible — o núcleo de poder
O Mágico surge como figura carismática, mas incapaz de devolver a ordem ao mundo que ele mesmo ajudou a desestabilizar. Ele simboliza a manipulação da opinião pública e a fabricação de narrativas convenientes. Já Madame Morrible é a mão executora desse sistema: uma burocrata que usa magia e propaganda para transformar adversários em ameaças.
Wicked: Parte 2 está nos cinemas!
Fonte: Omelete // A cozinha