FILMES NO CINEMA

Walter Salles conta como Robert Redford ajudou Central do Brasil a acontecer

Publicado em 17/09/25 17:00

O cineasta brasileiro Walter Salles divulgou um texto em homenagem ao ator e diretor norte-americano Robert Redford, falecido ontem (16), aos 89 anos.

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O diretor de Ainda Estou Aqui expressou sua imensa admiração por Redford, por meio de um artigo especial publicado pelo jornal O Globo.

"Que perda. Robert Redford era um ator e diretor de uma absoluta integridade artística e política. Um homem de profunda humanidade e curiosidade, que eram a matéria-prima com que construía seus personagens. Era um homem de princípios, que não hesitava em se tornar um ativista das causas em que acreditava", enalteceu Salles.

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Ele afirmou que o Instituto Sudance, fundado por Robert em 1981, teve papel fundamental na produção de Central do Brasil (1998), um de seus filmes mais premiados.

"O Instituto Sundance foi e ainda é fundamental para o descobrimento de jovens talentos e para o fortalecimento do cinema independente, em todo o mundo. Fui uma das muitas pessoas que o Sundance apoiou. A história de Central do Brasil teria sido diferente se o roteiro do filme não tivesse sido abraçado pelo Sundance", alegou Salles.

Redford também apoiou o brasileiro no desenvolvimento de outro famoso longa seu, Diários de Motocicleta (2004). "[O filme] não teria existido sem ele. É um projeto que Redford me ofereceu. Na nossa primeira reunião, eu disse que só achava que o filme seria possível se fosse filmado com jovens atores e muitos não atores, em espanhol, através do continente sul-americano. Redford não pestanejou um segundo: 'Será assim, ou não o faremos'."

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"Vivemos quatro anos de recusas de distribuidores norte-americanos, até que o canal independente inglês Film Four tornou o projeto possível. Nesses quatro anos, Redford nunca me pediu para mudar uma linha do conceito do filme para viabilizá-lo. Palavra dada era palavra cumprida", acrescentou Salles.

Fonte: Omelete // Felipe Brandão

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