Michael Mann é obcecado por homens obcecados. Seus filmes sempre mostram pessoas, tipicamente homens assombrados por seus próprios intelectos e vontades, com um único objetivo em mente. Em Enzo Ferrari, Mann encontra a oportunidade perfeita para falar sobre a busca pelo mais forte, mais rápido e mais explosivo. Esse filme, assim como seu protagonista, querem criar a máquina perfeita. - Guilherme Jacobs

Até então o melhor filme de F1 já feito, Rush é um dos melhores registros de uma qualidade essencial do esporte: rivalidade. Em um de seus filmes mais subestimados, Ron Howard constrói um espetáculo frenético e intenso que gira em torno do vai-e-vem entre James Hunt e Niki Lauda, vividos de maneira impecável por Chris Hemsworth e Daniel Brühl - Guilherme Jacobs

Um truque comum a filmes de esporte é empregar o tom emotivo e enérgico da ação ao que acontece nos bastidores, e a tática funciona bem neste filme de época, no qual a dupla formada por Matt Damon e Christian Bale convence a Ford a abandonar sua fama de fabricante quadradona de automóveis para a família e desafiar a Ferrari pela hegemonia da lendária prova das 24 Horas de Le Mans. James Mangold faz o básico com competência, deixando o espectador no suspense do momento de convencer executivos até a hora que os pneus tocam a pista. - Bruno Silva

Muita gente torceu o nariz em 2008 pelos malabarismos dos carros e as pistas mirabolantes, mas Speed Racer é não apenas um bom filme de corrida, como também é uma boa adaptação do anime clássico dos anos 1960, colocando a estética do desenho em uma direção de arte que abusa de cores vivas e de recortes inspirados em animações em sua montagem, sem deixar de lado o carisma da família Racer, bem representada por Emile Hirsch, Christina Ricci, John Goodman e Susan Sarandon. Mais uma vez, as irmãs Wachowski mostraram estar à frente de seu tempo. - Bruno Silva

Não deve existir personagem mais popular no cinema de automobilismo neste século do que Relâmpago Marquinhos Relâmpago McQueen, e muito disso se deve a jornada de redenção que o automóvel de corridas encara na animação da Pixar, focada em um mundo habitado por bólidos antropomórficos. As corridas do terceiro ato são boas, sim, mas o forte deste clássico é nos fazer apaixonar por McQueen e os habitantes da simpática Radiator Springs, em uma história capaz de conquistar o coração de qualquer um, fã de carros ou não. - Bruno Silva

Simplesmente o filme que deu um novo gás à franquia e permitiu o retorno de Vin Diesel ao papel que o consagrou no cinema. Na trama, o jovem rebelde Sean Boswell (Lucas Black) é enviado ao Japão por sua mãe para morar com o pai controlador, com o objetivo de colocá-lo na linha. Lá, Sean se envolve com o mundo das corridas de carro clandestinas ao conhecer Han (Sung Kang), que vira seu mentor na luta para superar DK (Brian Tee), considerado o “rei do drift”. Justin Lin ganhou o público com cenas de corridas de tirar o fôlego e uma trama simples, mas que ganha força pelo carisma de seus personagens. - André Zuliani

O que F1 - O Filme fez em 2025, Sylvester Stallone já havia tentado no início do milênio. Em Alta Velocidade, Stallone foi roteirista e produtor de um filme que mergulha no universo da Fórmula Indy, categoria norte-americana do automobilismo que sonhava em concorrer com a Fórmula 1 na época. O que muita gente não sabe é que, antes de fechar com a Indy, Stallone tentou muito fazer esse filme no universo da F1, mas não conseguiu. Então, usando a categoria norte-americana como plano de fundo, Alta Velocidade é um filme que explora muito bem este universo, com participação dos pilotos da época e com imagens de corrida - assim como no longa de Brad Pitt - de tirar o fôlego, incluindo uma perseguição pelas ruas que mostra Stallone e Kip Pardue pilotando sem capacete - épico. O filme, porém, tenta criar uma história mais profunda, e é aí que mora a grande falha. No fim, Alta Velocidade foi um grande fracasso de bilheteria, mas mora no coração dos amantes de automobismo. - Pedro Gilio

Demorou, mas 2025 finalmente foi o ano de um filme que traz o universo da Fórmula 1 de forma grandiosa para as telonas. Joseph Kosinski, que ganhou o mundo com o fenômeno Top Gun: Maverick, entrega uma narrativa que joga no seguro no quesito história, mas que tem sua base sustentada por ação desenfreada e algumas das melhores cenas de corridas da história do cinema. Um filme feito por fãs de Fórmula 1 para fãs da modalidade, e que conta com um Brad Pitt no ápice do seu charme como atleta malandro e sedutor Sonny Hayes. - André Zuliani