Netflix não esperava oposição da Casa Branca na aquisição da Warner Bros.
Publicado em 07/12/25 16:00
De acordo com um relatório publicado pela Bloomberg, o co-CEO da Netflix, Ted Sarandos, teve uma reunião de mais de uma hora com o presidente americano Donald Trump em novembro deste ano, na qual conversaram sobre a possível aquisição da Warner Bros. Discovery pela Netflix.
Netflix compra a Warner Bros. e HBO por US$ 82,7 bilhões Paramount prepara nova oferta para aquisição da Warner Bros. Discovery Netflix fez um dos maiores empréstimos da história para comprar a Warner BrosSegundo fontes, Trump teria dito que a empresa deveria ser vendida para a maior oferta, com o que Sarandos concordou. Ao final da reunião, o CEO teria tido a impressão que a Netflix não enfrentaria oposição da Casa Branca, contrário ao que foi dito pela Paramount Skydance Corp., a outra maior interessada na compra da Warner Bros.
A família Ellison, que controla a Paramount, acreditava que sua relação próxima com o presidente lhes garantiria o acordo comercial, e acabaram fazendo uma oferta menor do que o esperado. Isto criou a oportunidade para que a Netflix concordasse em pagar US$82,7 bilhões pela Warner Bros. em um dos maiores acordos da história.
Especialistas dizem que, como a aquisição ainda não está finalizada e levará tempo até ser concluída, muita coisa ainda pode acontecer, incluindo uma oferta hostil da Paramount, que tem feito campanha contra a reputação da Netflix em rodas de negócios de Hollywood. Ainda há a possibilidade de que o Departamento de Justiça americano tente bloquear o acordo inicial por questões de monopólio.
"A história de como a Netflix venceu o leilão - e como Paramount perdeu - é uma de orgulho de bilionários, encontros secretos na Casa Branca, identidades secretas e quantias recordes de débito. Ela avança a conquista de décadas do Vale do Silício pelo mundo do entretenimento, assim como a evolução da Netflix de uma start-up que entregava DVD pelo correio até o pináculo de Hollywood", descreve o relatório da Bloomberg.
Fonte: Omelete // Júlia Henn