James Cameron, diretor da franquia Avatar, afirmou que deseja usar Inteligência Artificial para "baratear filmes" sem que com isso a tecnologia "interfira na arte". A fala surgiu em entrevista ao Deadline. 

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 "Sim, meu instinto me diz que você está absolutamente certo, que a IA generativa — porque é disso que estamos falando, não estamos falando de superinteligência artificial, certo? Esse é um problema completamente diferente. Provavelmente todos nós estaremos mortos daqui a cem anos. Mas enfim, vamos aproveitar os filmes enquanto isso", começou o diretor ao ser perguntado se efeitos digitais e IA podem ser usados em conjunto.

"A IA generativa é uma ferramenta muito poderosa. Só precisamos domá-la e usá-la de forma ética. Então, eu não sou especialista em IA. Como eu disse, ainda não trabalhei com ela. Não a usamos nos filmes de Avatar, e isso é praticamente tudo o que tenho feito nos últimos anos. Mas estou muito curioso sobre ela e quero ver, me parece que existem certas tarefas específicas dentro do fluxo de trabalho de efeitos visuais que são tão tediosas e repetitivas que poderiam ser feitas por algum tipo de modelo generativo", continuou o cineasta.

"Estou muito interessado em descobrir se podemos reduzir os custos usando ferramentas de IA generativa. Mais uma vez, dentro de diretrizes muito específicas que não interfiram no artista, no roteirista, no ator, principalmente. E serei muito vocal, em ambos os lados, de uma forma até engraçada. Parece um pouco dualista, ou quase confuso, mas quero garantir que não estamos substituindo atores e que não estamos criando uma nova geração de diretores que acham que podem eliminar a atuação do processo", concluiu.

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Fonte: Omelete // Matheus Fiore