O rapper Sean Combs, mais conhecido como Diddy, entrou com um recurso judicial pedindo sua "libertação imediata" da prisão.

Sua advogada, Alexandra Shapiro, apresentou na terça-feira (23) um documento de 84 páginas, no qual acusa o juiz do caso, Aran Subramanian, de ter atribuído uma pena excessiva ao seu cliente.

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No parecer da representante legal, o magistrado desconsiderou o veredicto do júri e "agiu como [se fosse] o 13º jurado" do caso.

"Normalmente, os réus são condenados a menos de 15 meses por esses crimes — mesmo quando há coação envolvida, o que o júri não constatou neste caso", afirma Shapiro em um trecho da petição, reproduzido pela revista Variety.

Diddy foi condenado a 50 meses de prisão e está cumprindo sua pena na FCI Fort Dix, em Nova Jersey, com previsão inicial de soltura para maio de 2028.

Tudo sobre o caso Diddy

Combs, outrora um titã das indústrias da música e da moda, foi acusado de coagir várias mulheres a terem "surras" — maratonas sexuais de vários dias, regadas a drogas e com acompanhantes masculinos.

Durante um intenso depoimento de quatro dias, sua ex-namorada de 11 anos, Casandra Ventura, alegou que ele a agredia e abusava psicologicamente de forma rotineira.

Fotos dos ferimentos dela e vídeos das "surras" de todo o relacionamento foram mostrados ao júri. Uma prova fundamental no julgamento foi um vídeo de vigilância de 2016 que mostrou Combs espancando Ventura violentamente em um hotel de Los Angeles, onde eles estavam tendo uma "surra".

Em setembro de 2024, Diddy foi indiciado e preso em Nova York sob a acusação de tráfico sexual e extorsão. 

A pena de 50 meses está conforme as recomendações do escritório de condicional para Combs, de 70 a 87 meses, além de multas pelas duas acusações menores de transporte para se prostituir, das quais foi considerado culpado em julho.

Pouco antes da sentença, Combs falou por 10 minutos ao júri. O artista começou com um longo pedido de desculpas por toda a dor causada às ex-namoradas Cassie Ventura e "Jane", ambas testemunhas em seu julgamento. 

Fonte: Omelete // Felipe Brandão