FILMES NO CINEMA

Anistia aponta quais vilões da Marvel mais violaram direitos humanos nos filmes

Publicado em 25/04/19 15:00

Quando entramos em uma sala de cinema ou abrimos um gibi, naturalmente nos deixamos levar pela fantasia sem pensar nas consequências que aquela história teria na vida real. Aproveitando o lançamento de "Vingadores: Ultimato", desfecho da saga criada pela Marvel no cinema, a Anistia Internacional fez um levantamento curioso sobre os filmes dos super-heróis: Quem violou mais os direitos humanos nos longas?

"Consultamos nossos especialistas internos da Marvel para examinar, de acordo com os conceitos reais de justiça internacional, os direitos humanos a partir dos históricos dos maiores vilões das séries", diz a publicação.

Os Kree - Acusados de genocídio e assassinato em massa

A publicação da Anistia aponta para os repetidos crimes cometidos por eles contra a humanidade com ataques generalizados e sistemáticos contra civis durante a paz ou tempos de guerra, além de tortura, desparecimentos forçados, assassinatos, escravidão e estupros.

Thanos - Crimes contra a humanidade, assassinato em masa, tortura, crimes de guerra e maus-tratos a prisioneiro de guerra

O texto, porém, pondera que o extermínio causado pelo estalar de dedos de Thanos em "Guerra Infinita" não se trata de um genocídio, e sim de um assassinato em massa.

"Embora essa atrocidade cometida por Thanos seja de longe a pior em termos de escala, seu ato de destruir metade do universo com um estalar de dedos foi, de fato, um ato de matança indiscriminada - não envolveu mirar ou destacar especificamente grupos", diz a publicação.

Imagem: Reprodução

Odin - desaparecimento forçado, possíveis crimes de guerra

A publicação da Anistia lembra bem que Odin não é retratado como um vilão, mas o Rei de Asgard cometeu sim algumas violações dos direitos humanos.

Em "Thor: Ragnarok", Odin foi pivô de uma sangrenta guerra para conquistar Os Nove Reinos. A matéria lembra que ele decidiu por prender Hela, sua primogênita.

"Sob a lei internacional, desaparecimentos forçados são uma detenção, prisão, sequestro ou privação de liberdade por agentes do Estado ou com a autorização do Estado, seguidos pela recusa em reconhecer a privação da liberdade ou pelo encobrimento do destino ou paradeiro da pessoa desaparecida".

Mais uma grave violação do Rei de Asgard, que, segundo a Anistia, "tem responsabilidade primária de proteger e defender os direitos humanos" como chefe de Estado.

"É por isso que a Anistia Internacional coloca uma ênfase maior no escrutínio das ações dos estados na defesa de direitos humanos, em vez de olhar para as ações de indivíduos ou grupos específicos", finaliza o texto.

Fonte: UOL Cinemas // Osmar Portilho

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