“Nem Toda História de Amor Acaba em Morte” é um longa-metragem ficcional do gênero comédia, que conta a história de um inusitado triângulo amoroso entre Otávio e Cris, um casal de meia-idade que se separa mas continua a conviver na mesma casa junto da nova namorada de Cris: Virgínia, uma jovem surda. Na estória, a trama de separação se dissocia da lógica do término fatídico suscitado ironicamente no título e encontra, após divertidas situações de incômodo e de falha de comunicação do trio, uma redenção em novas possibilidades de amor. O filme busca através de um acurado e sensível olhar/ouvir, captar as nuances tanto do universo diegético essencialmente visual, ponto de vista das pessoas surdas (mostrando a língua brasileira de sinais – LIBRAS) – quanto do universo sonoro e das “sonogenias” (o equivalente sonoro à fotogenia) presentes no cotidiano.