O escritor francês Luca Morandi nasceu na Itália. Ele tem 40 anos de idade e se encontra numa encruzilhada da vida: não sabe se fica na França, o lugar onde foi educado, ou volta à Itália, país de sua origem, perfeito, maravilhoso e ideal, como um sonho de criança. Hoje, Luca vive uma crise: ele não é italiano ou francês. Ele não é nada. Seu pai, renomado cirurgião plástico em Turim, morreu subitamente. Luca tem que voltar à Itália com sua irmã Isabella para o enterro. Mas o sepultamento, aquela perda que poderia fazê-lo crescer, transformou-se num completo pesadelo: viúva, amante secreta, novos irmãos, dívidas suficientes para deixá-lo louco e uma nova e diferente Itália “berlusconisada” em sua memória. Luca redescobre seu país de infância e sua própria vida por meio dos olhares dos adultos. Tudo parece ter perdido o sabor, exceto, talvez, por Lilla, sua namoradinha de infância que, por acaso, ele reencontra. Luca sente-se incapaz de viver o luto, frequentemente assombra-se com seu desejo de ter o mesmo amor pela vida, mulheres e carros conversíveis como o pai tinha. Do amor ao ódio, do ressentimento ao perdão, Luca tem que redefinir suas regras e dar um sentido à sua própria identidade e existência. Ele precisa se reconciliar com seus dois países. Os dois lados do Alpes, a vida doce é doce e bonita.