A compra da Warner Bros. Discovery pela Netflix, anunciado ontem (4), vem sendo vista com preocupação pelos sindicatos representantes da indústria de Hollywood.

O Directors Guild of America, que representa mais de 19 mil profissionais de direção dos Estados Unidos, foi o primeiro a manifestar sobre as "preocupações significativas" que a transação projeta.

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"Acreditamos que uma indústria vibrante e competitiva – que fomente a criatividade e incentive a competição genuína por talentos – é essencial para salvaguardar as carreiras e os direitos criativos dos diretores e suas equipes", declarou a entidade ao portal The Hollywood Reporter.

A Writers Guild of America, representante dos roteiristas, tampouco vê com simpatia o que parece estar por vir. "Essa fusão deve ser bloqueada. A maior empresa de streaming do mundo absorvendo uma de suas maiores concorrentes é exatamente o que as leis antitruste foram criadas para impedir", declarou, em comunicado oficial, a entidade.

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"O resultado seria a eliminação de empregos, a redução dos salários, o agravamento das condições de trabalho para todos os profissionais do entretenimento, o aumento dos preços para os consumidores e a redução da quantidade e da diversidade de conteúdo para todos os espectadores", vislumbra ainda a nota.

Membro do conselho da seção Oeste do WGA, Mike Schur (Parks and Recreation) foi ainda mais contundente em sua crítica. "Todas as fusões de empresas de mídia acabam prejudicando roteiristas, atores, diretores e todos os outros que trabalham na indústria. Menos empresas significa menos empregos, ponto final", declarou ele, por meio de post na rede social Bluesky.

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Até mesmo o Producers Guild of America - que é uma organização comercial, e não sindical - expressou preocupação com a fusão iminente entre a Netflix e a Warner.

"Nossa indústria, juntamente com os legisladores, deve encontrar um caminho que proteja o sustento dos produtores, promovendo a criatividade e as oportunidades para trabalhadores e artistas, a escolha para os consumidores e a liberdade de expressão. Este é o teste por que as potenciais fusões ou vendas de nossos estúdios tradicionais devem passar", pondera a nota da instituição.

Fonte: Omelete // Felipe Brandão