FILMES NO CINEMA

Glenn Close, Olivia Colman e Lady Gaga travam disputa imprevisível pelo Oscar

Publicado em 22/02/19 12:00

Antonio Martín Guirado.

Los Angeles (EUA), 22 fev (EFE).- A categoria de melhor atriz na 91ª edição do Oscar será uma das disputas mais imprevisíveis dos últimos tempos, com Glenn Close como favorita, mas Olivia Colman e Lady Gaga com chances reais de receber a estatueta.

GLENN CLOSE, a sétima chance.

O impressionante trabalho em "A Esposa" rendeu a Glenn Close a sétima indicação ao Oscar, a quarta nesta categoria. Candidata ao prêmio de melhor atriz por "Atração Fatal" (1987), "Ligações Perigosas" (1988) e "Albert Nobbs" (2011), ela também concorreu na categoria de melhor atriz coadjuvante por "O Mundo Segundo Garp", (1982) "O Reencontro" (1983) e "Um Homem Fora de Série" (1984).

Os especialistas acreditam que Close seja a candidata com mais chances ao prêmio de melhor atriz após se consagrar no Globo de Ouro, nos Critics' Choice Awards - empatada com Gaga - e nos prêmios do Sindicato de Atores.

Esta é a única indicação de "A Esposa". Na obra, Joan e Joe Castleman (Close e Jonathan Pryce) aparentam ser o casamento perfeito, mas uma ligação informando ao casal que o homem ganhou o prêmio Nobel de Literatura ocasiona uma crise por algo que afeta mulher há muito tempo.

OLIVIA COLMAN, a rainha que arrasa com a sua loucura.

A primeira indicação para a atriz britânica, que até então era conhecida pelos papéis em "O Lagosta" (2015) - também de Yorgos Lanthimos - e pelas séries "The Night Manager" e "The Crown", na qual interpreta a rainha Elizabeth II.

Mas a indicação veio pelo papel como outra monarca, a rainha Ana, a última soberana britânica da casa de Estuardo. "A Favorita" gira em torno da relação da monarca com uma amiga e uma nova empregada - Rachel Weisz e Emma Stone, respectivamente, ambas indicadas à categoria de melhor atriz coadjuvante.

Colman recebeu o Globo de Ouro pelo papel, mas na categoria de melhor comédia ou musical, que tradicionalmente é menos valorizada que a categoria dramática. Também levou para casa o Bafta e, embora parta de um degrau abaixo de Close, pesa a favor o fato de "A Favorita" ter recebido dez indicações.

LADY GAGA, o nascimento de uma atriz.

Esta é a primeira indicação de Gaga na categoria de melhor atriz e a terceira na carreira. A multitalentosa artista também concorre neste ano por melhor canção original ("Shallow"), categoria que já disputou por "Til It Happens to You", do documentário "The Hunting Ground" (2015).

"Nasce Uma Estrela" é o primeiro trabalho de Lady Gaga como protagonista no cinema. Ela teve pequenos papéis em "Machete Mata" (2013) e "Sin City: A Dama Fatal" (2014), e na série "American Horror Story", com a qual ganhou um Globo de Ouro.

Cinco álbuns e nove prêmios do Grammy depois, Gaga realizou o sonho de infância de se tornar atriz de cinema graças a "Nasce Uma Estrela", com um papel que já interpretado por Janet Gaynor (1937), Judy Garland (1954) e Barbra Streisand (1976) e para o qual foi cogitado o nome de Beyoncé, quando o projeto estava nas mãos de Clint Eastwood, antes de ser assumido por Bradley Cooper.

YALITZA APARICIO, o olhar puro.

O papel que marca a estreia da mexicana de 25 anos na atuação resultou na segunda indicação recebida pelo México para a categoria de melhor atriz, após Salma Hayek em "Frida" (2002). É enorme a façanha de Aparicio, que interpretou a empregada doméstica Cleo em "Roma" sem ter nenhuma experiência.

A chegada ao projeto veio por acaso. Ela foi convencida a fazer o teste para o filme pela irmã, que estava grávida e tinha curiosidade para saber como seria.

Entre centenas de mulheres de todo o país que tentaram a sorte, Aparicio conquistou o diretor Alfonso Cuarón. A naturalidade e a pureza do olhar da agora atriz foram considerados fundamentais para "Roma".

MELISSA MCCARTHY, seguindo os passos de Bill Murray e Steve Carell.

A segunda indicação da humorista ao Oscar, mas a primeira nesta categoria. A anterior veio como coadjuvante na comédia "Missão Madrinha de Casamento" (2011). Desta vez, no filme "Poderia Me Perdoar?", de Marielle Heller, ela interpreta uma biógrafa de celebridades que muda totalmente a sua vida quando comprova que as tendências atuais estão muito longe dos seus próprios gostos.

McCarthy segue assim o mesmo caminho que outras estrelas do humor como Bill Murray e Steve Carell, que após ganharem popularidade na comédia optaram por algo diferente e foram bem-sucedidos ao assumirem riscos com projetos de tom mais dramático.

A atriz ainda estrelará outro drama neste ano, "The Kitchen", dirigido por Andrea Berloff, e a comédia de ação "Superintelligence", na qual voltará a trabalhar com o marido, o cineasta Ben Falcone. EFE

Fonte: UOL Cinemas // UOL

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