Renata Sorrah

Renata Leonardo Pereira Sochaczewski (Rio de Janeiro, 21 de fevereiro de 1947), mais conhecida como Renata Sorrah, é uma atriz e produtora teatral brasileira, de ascendência portuguesa e teuto-judaica. Conhecida sobretudo por interpretar mulheres neuróticas ou mentalmente instáveis, o que a fez ser referida como a Bette Davis brasileira e consolidou-a como uma das maiores atrizes do país. Sorrah conquistou vários prêmios, incluindo dois Troféus Imprensa, dois Prêmios APCA, três Prêmios Molière, três Prêmios Arte Qualidade Brasil e um Prêmio Shell, além de ter uma indicação ao Prêmio Grande Otelo.

Iniciou a carreira artística no final da década de 1960, especializando-se em interpretação dramática. Estreou na televisão a partir de 1969, tornando-se um dos principais nomes da TV Globo e destacando-se em novelas como Assim na Terra como no Céu (1970–1971), O Cafona (1971), O Casarão (1976) e Chega Mais (1980). A partir da década de 1980, já consolidada nacionalmente como atriz, foi elogiada por sua atuação em trabalhos como Roda de Fogo (1986), Rainha da Sucata (1990), Pedra sobre Pedra (1992), A Indomada (1997), Duas Caras (2007–2008), Fina Estampa (2011–2012) e Vai na Fé (2023). Seu papel como a álcoolatra Heleninha Roitman em Vale Tudo (1988–1989) tornou-se um dos mais lembrados de sua carreira, tanto por sua atuação, como pelo modo como o alcoolismo foi abordado e apresentado aos telespectadores. No cinema, Sorrah teve papéis em Matou a Família e Foi ao Cinema (1969), Lua de Mel e Amendoim (1971), Avaeté - Semente da Vingança (1985), Madame Satã (2002) e Medida Provisória (2022).

Na década de 2000, Renata permaneceu como uma das atrizes veteranas mais premiadas do país. Ela interpretou a emblemática vilã Nazaré Tedesco na novela Senhora do Destino (2004–2005), personagem que conquistou um cult de fãs ao longo dos anos e a fez ganhar diversos prêmios, como um Prêmio Extra de Televisão, um Troféu Imprensa e um Prêmio Qualidade Brasil, além de anos depois, se tornar um fenômeno internacional. Em 2016, uma cena da novela foi transformada em meme e ganhou o mundo, fazendo Renata e a personagem ficarem conhecidas como The Math Lady, tornando-se um fenômeno na internet durante vários anos. Outras cenas da personagem também se popularizam nas redes sociais, fazendo Renata permanecer lembrada pela personagem até os dias atuais.

Paralelo à carreira na TV e teatro, ela se destaca como um dos principais nomes do teatro nacional, atuando em múltiplas peças como Antígona (1969), Afinal, uma Mulher de Negócio (1977–1981), Shirley Valentine (1991–1992), É... (1997), Esta Criança (2012–2017) e Preto (2017–2019). Pelos anos de dedicação às artes, foi homenageada com Prêmio APTR em 2017.