Paulo Mendes da Rocha

Paulo Archias Mendes da Rocha (Vitória, 25 de outubro de 1928 – São Paulo, 23 de maio de 2021) foi um arquiteto e urbanista brasileiro. Pertencente à geração de arquitetos modernistas liderada por João Batista Vilanova Artigas, Mendes da Rocha assumiu nas últimas décadas uma posição de destaque na arquitetura brasileira contemporânea, tendo sido galardoado no ano de 2006 com o Prêmio Pritzker, o mais importante da arquitetura mundial. Em 2010, recebeu o prêmio Arquiteto do Ano, concedido pela Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas, umas das mais importantes da arquitetura nacional, pela sua excelência no ramo. Em 2016, venceu o prêmio Leão de Ouro, da Bienal de Veneza, Itália, na categoria arquitetura, pelo conjunto da obra. Em 2016, recebeu o Prêmio Imperial do Japão, um dos mais prestigiosos do mundo, cuja premiação acontece em Tóquio e pelo qual recebe quinze milhões de ienes (cerca de 480 mil reais) e uma medalha, entregue pelo príncipe Hitachi.

É autor de projetos polêmicos e que constantemente dividiam a crítica especializada, como o do Museu Brasileiro da Escultura e do pórtico localizado na Praça do Patriarca, ambos em São Paulo. Outro projeto muito criticado é o Cais das Artes, um conglomerado cultural com teatro, museu e outros construído nas margens da baía de Vitória (Espírito Santo). O projeto é uma "caixa de concreto aparente" com mais de 30 metros de altura que, além de não aproveitar a lindíssima vista evidente do Oceano, Baia, Morros e Monumentos Históricos, também impediu todo o bairro da Enseada do Suá a ver o Convento da Penha, cartão postal do Espírito Santo.

Filho do Engenheiro Paulo Menezes Mendes da Rocha, que foi diretor da Escola Politécnica da USP.