Karina Buhr é uma cantora, compositora, percussionista, poeta e atriz brasileira.
Nascida em Salvador, Karina Buhr mudou-se para o Recife aos 7 anos e começou na música em 1992, como baiana do maracatu Piaba de Ouro e batuqueira do maracatu Estrela Brilhante do Recife. Tocou com DJ Dolores e Orchestra Santa Massa, Erasto Vasconcelos, Antônio Nóbrega, fez parte das bandas Eddie, Comadre Fulozinha, Bonsucesso Samba Clube, Véio Magaba e suas Pastoras endiabradas, Zabumba Velha do Badalo, do bloco Angáàtãnamú e do afoxé Ylê de Egbá. Tem quatro álbuns autorais, "Eu menti pra você" (2010), "Longe de onde" (2011), "Selvática" (2015) e "Desmanche" (2019). Em 2022 lançou "Mainá" (Todavia), seu primeiro romance. Seu livro de estreia é "Desperdiçando Rima" (Fábrica 231), de poesias, crônicas e ilustrações.
Em 2025 atuou no longa Lispectorante, de Renata Pinheiro, e compôs e cantou na trilha sonora, incluindo o tema de abertura, da série “Maria e o Cangaço”, com direção de Beto Villares, na Disney +. Em 2024 fez direção musical, compôs e cantou na trilha da minissérie “Chabadabadá”, no Canal Brasil, cantou no single “Dora”, de Russo Passapusso, e lançou o single autoral “Poeira da Luz”.
Em 2020 compôs e gravou Saudades de Lá e Acordar e Perfumar, parcerias com Mauro Refosco e Joey Waronker, lançadas, em 2021, no Blue Marble Sky, disco de estreia da banda Jomoro. De 2020 a 2023 escreveu crônicas e ilustrou a coluna "Geralmente", na Revista Continente online. Em 2020 estreou no cinema como atriz em Meu Nome é Bagdá, filme de Caru Alves de Souza, vencedor do prêmio do júri da mostra Generations, na Berlinale. Na Berlinale também estrearam os longas Irmã (de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes) e Alice Junior (de Gil Baroni), ambos com músicas de Karina na trilha sonora. Em 2020 fez a trilha sonora do curta Menarca, de Lillah Halla, em parceria com Zé Nigro.
Em 2018 a turnê Selvática passou por Portugal, na Casa da Música do Porto, no Festival Bairro Intendente em Festa, em Lisboa, e festival Músicas do Mundo, em Sines.
Em 2010 ganhou o prêmio de artista revelação pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) e tocou na Womex Copenhague, Dinamarca. Em 2011 tocou no festival Roskilde, na Dinamarca, no Rock in Rio em show com Marcelo Yuka, Cibelle e Amora Pêra. No Prêmio Bravo 2012 concorreu a melhor show nacional, ao lado de Marisa Monte e Gal Costa. Em 2014 se apresentou no Palau de la Musica Catalana, em Barcelona e El Matadero, em Madri, na turnê que também passou por Porto, Lisboa e Berlim.
De 2002 a 2007, em São Paulo, integrou o Teatro Oficina, de Zé Celso Martinez Corrêa, participando de As Bacantes e as cinco peças da montagem de Os Sertões, em cartaz em São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro, Recife, Quixeramobim, Canudos e abrindo a temporada 2005/2006 do Volksbühne, em Berlim. O longa Sequestro Relâmpago (de Tata Amaral), o curta Enjaulados (de Kléber Mendonça Filho), o filme e a peça A Máquina (de João Falcão), a minissérie Clandestinos (de Guel Arraes e Flávia Lacerda, na Globo) e Descolados (de Luca Paiva Mello, na MTV) também tem músicas de autoria de Karina. No 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, ganhou o prêmio de melhor trilha sonora com o filme Era uma vez eu, Verônica (de Marcelo Gomes).