Glenn Greenwald

Glenn Edward Greenwald (Nova Iorque, 6 de março de 1967) é um escritor, advogado especialista em direito constitucional dos Estados Unidos e jornalista norte-americano, radicado no Rio de Janeiro desde 2005. Em junho de 2013, através do jornal britânico The Guardian, Glenn Greenwald foi um dos jornalistas que, em parceria com Edward Snowden, levaram a público a existência dos programas secretos de vigilância global dos Estados Unidos, efetuados pela sua Agência de Segurança Nacional (NSA).

A serie de reportagens sobre o programa de espionagem americana fizeram o The Guardian e The Washington Post ganharem o Prêmio Pulitzer de jornalismo em 2014. No Brasil, Glenn foi agraciado com o Prêmio Esso de Reportagem, por artigos publicados no jornal O Globo acerca do sistema de vigilância virtual dos Estados Unidos em território nacional.

O trabalho de Greenwald sobre a história de Snowden foi apresentado no documentário Citizenfour, que ganhou o Oscar de Melhor Documentário em 2014. Greenwald apareceu no palco com a diretora Laura Poitras e a namorada de Snowden, Lindsay Mills, quando o Oscar foi dado. No filme de 2016 de Oliver Stone, Snowden, Greenwald foi interpretado pelo ator Zachary Quinto. A revista Foreign Policy nomeou-o um dos 100 principais pensadores globais de 2013.

Antes das revelações dos arquivos de Snowden, Greenwald era considerado um dos mais influentes colunistas de opinião nos Estados Unidos. Depois de trabalhar como advogado constitucional por dez anos, ele começou a blogar sobre questões de segurança nacional antes de se tornar um colaborador do Salon.com em 2007 e depois para o The Guardian em 2012. Ele escrevia para o The Intercept que ele fundou em 2013 com Laura Poitras e Jeremy Scahill.

Em outubro de 2020, Greenwald anunciou que decidiu deixar a equipe após ser censurado pelos editores do site, que, segundo ele, não permitiram-lhe criticar a conduta de Joe Biden, candidato à presidência dos EUA pelo Partido Democrata, em uma matéria redigida por ele: ou as críticas seriam removidas, ou a matéria não seria publicada. Decidiu a partir de então publicar suas matérias em sua página web na plataforma Substack. Ele assegurou, contudo, que todo esse problema em nada tem a ver com o The Intercept Brasil, edição cujo trabalho ao qual ele ainda nutre grande estima.