Gene Kelly

Eugene Curran Kelly (Pittsburgh, 23 de agosto de 1912 — Beverly Hills, 2 de fevereiro de 1996) foi um dançarino, ator, cantor, diretor, produtor, roteirista e coreógrafo estadunidense. Era conhecido por seu estilo de dança enérgico e atlético, sua boa aparência e os personagens simpáticos que interpretava nas telas. Ele estrelou, coreografou e co-dirigiu com Stanley Donen, alguns dos filmes musicais mais bem vistos das décadas de 1940 e 1950.

Kelly é mais conhecido por suas atuações em "Sinfonia de Paris" (1951), que ganhou o Oscar de melhor filme, "Cantando na Chuva" (1952), que Kelly e Donen dirigiram e coreografaram, e outros filmes musicais da época, como "Modelos" (1944) e "Marujos do Amor" (1945), para o qual foi nomeado ao Oscar de melhor ator. "Um Dia em Nova Iorque" (1949), que ele co-dirigiu com Donen, foi sua estreia na direção. Mais tarde, na década de 1950, à medida que a popularidade dos musicais diminuíam, ele estrelou "A Lenda dos Beijos Perdidos" (1954) e "Dançando nas Nuvens" (1955), o último filme que dirigiu com Donen. Sua estreia solo como diretor foi em "Invitation to the Dance" ("Convite à Dança"), de 1956, um dos últimos musicais da MGM, que não obteve o sucesso comercial esperado.

Kelly estreou no cinema com Judy Garland em "Idílio em Dó-Ré-Mi" (1942), com quem também apareceu em "O Pirata" (1948) e em "Casa, Comida e Carinho" (1950). Ele também apareceu nos dramas "Black Hand" ("A Mão Negra"), de 1950, e "O Vento Será Tua Herança" (1960), pelo qual recebeu elogios da crítica especializada.

Ele continuou como diretor na década de 1960, com seus créditos incluindo "Diário de Um Homem Casado" (1967) e Alô, Dolly! (1969), que recebeu uma indicação ao Oscar de melhor filme. Ele co-organizou e apareceu em "Ziegfeld Follies" (1946), "Era Uma Vez em Hollywood" (1974), "Era Uma Vez em Hollywood, Parte II" (1976), "That's Dancing!" (1985), e "That's Entertainment, Part III" ("Era Uma Vez em Hollywood, Parte III"), de 1994.

Suas muitas inovações transformaram o musical de Hollywood, e ele é creditado por quase sozinho tornar o balé comercialmente aceitável para o público do cinema. Kelly recebeu um Oscar Honorário em 1952 por suas realizações na carreira; no mesmo ano, "An American in Paris" ganhou seis prêmios Oscar, incluindo o de melhor filme. Mais tarde, ele recebeu prêmios pelo conjunto da obra do Prêmio Kennedy (1982) e do Screen Actors Guild. Em 1999, o Instituto Americano de Cinema também o classificou como a 15ª maior estrela masculina do cinema clássico de Hollywood.