Dira Paes

Ecleidira Maria Fonseca Paes (Abaetetuba, 30 de junho de 1969), mais conhecida como Dira Paes, é uma atriz e apresentadora brasileira. Conhecida por seus papéis cômicos e dramáticos no cinema e na televisão, recebeu inúmeros prêmios, incluindo dois troféus Grande Otelo, dois Prêmios APCA, três Prêmios Guarani, dois Prêmios Qualidade Brasil, e um Prêmio Extra. Paes também foi agraciada com prêmios dos mais importantes festivais de cinema do país, como três Kikitos do Festival de Gramado e cinco troféus Candango pelo Festival de Brasília.Formada em Filosofia e Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Dira iniciou sua carreira como atriz ao realizar um teste para participar de uma produção norte-americana, intitulada The Emerald Forest, interpretando a indígena Kachiri. Após a participação no filme, passou a construir uma carreira atuando em diversos outros filmes. Em 1987 atuou em seu primeiro filme nacional, Ele, o Boto, como Corina. É uma das atrizes mais premiadas do cinema brasileiro. Em 1996 teve seu primeira papel como protagonista, atuando como a cangaceira Dadá no filme Corisco e Dadá. Por sua performance dramática, recebeu muitos elogios e adquiriu sua primeira de seis indicações ao Prêmio Guarani de Cinema. Em 1997 esteve no elenco do filme histórico Anahy de las misiones, que lhe rendeu seu primeiro Prêmio APCA, um dos mais tradicionais prêmios do Brasil. Em 2001 protagonizou o filme O Casamento de Louise, como a doméstica Luiza. Pela atuação cômica, foi novamente indicada ao Prêmio Guarani e recebeu sua primeira de treze indicações da Academia Brasileira de Cinema ao Grande Otelo, dessa vez como Melhor Atriz.Paes, ao longo de mais de três décadas de carreira, também se popularizou por outros trabalhos na cinema. Conquistou ainda indicações ao Grande Otelo por suas atuações nos filmes Amarelo Manga (2002), Noite de São João (2003), 2 Filhos de Francisco(2005), Mulheres do Brasil (2006), Baixio das Bestas (2007), A Festa da Menina Morta (2008), Estamos Juntos (2011) e Sudoeste (2012). Em 2013, por sua atuação no filme À Beira do Caminho, foi premiada como Melhor Atriz pela Academia, após nove nomeações, além de ter vencido o Prêmio Guarani de melhor atriz coadjuvante pela terceira vez. Ela voltou a receber elogios por seu desempenho nos filmes Órfãos do Eldorado (2015), Redemoinho (2016) e Divino Amor (2020), recebendo indicações ao Grande Otelo de Melhor Atriz por todos eles. Em 2021 se destacou como a sonhadora Rita no filme dramático Veneza, dirigido por Miguel Falabella, pelo qual ela venceu seu segundo troféu Grande Otelo de Melhor Atriz. Em 2022 estreou nos cinemas o filme biográfico Pureza, onde ela dá vida a protagonista que luta por salvar trabalhadores em condições análogas a escravidão, incluindo seu próprio filho.Na televisão, Dira começou a trabalhar nas novelas em 1990 atuando em Araponga, da TV Globo. Entretanto, ganhou maior destaque em 1995 na novela Irmãos Coragem, onde atuou como a indígena Potira. Entre o final da década de 1990 e o início dos anos 2000, ela atuou em minisséries, como Dona Flor e Seus Dois Maridos (1998), Chiquinha Gonzaga (1999) e Um Só Coração (2004). Mas foi em 2004 que se consolidou nacionalmente ao interpretar Solineuza no seriado A Diarista, exibido pela TV Globo entre 2004 e 2007. Por seu forte desempenho cômico, recebeu um Prêmio APCA de melhor atriz de humor. Em 2009 voltou a atuar em novela como a perua Norminha em Caminho das Índias, personagem que a popularizou mais ainda no país. Recebeu inúmeros prêmios por esse trabalho, como o Prêmio Qualidade Brasil, Prêmio Extra e Melhores do Ano. Em seguida, passou a se destacar em papéis mais dramáticos nas novelas, como a costureira Marta em Ti Ti Ti (2010), a dona de casa Celeste em Fina Estampa (2011) e a batalhadora Lucimar em Salve Jorge (2012). Em 2014 protagonizou a minissérie Amores Roubados. Desde 2015, é uma das principais mobilizadoras do Criança Esperança. Esteve ainda no elenco principal das novelas Velho Chico (2016), Verão 90 (2019) e Pantanal (2022).