Brigitte Anne-Marie Bardot (Paris, 28 de setembro de 1934), frequentemente referida também por suas iniciais "B.B.", é uma ex-atriz, ex-modelo e ativista francesa. Famosa por interpretar personagens emancipados e hedonistas, ela é considerada um dos maiores símbolos sexuais das décadas de 1950 e 1960. Figura feminina de destaque durante esse período, Bardot tornou-se mundialmente conhecida em 1957, após protagonizar o polêmico filme E Deus Criou a Mulher, trabalho que foi censurado em muitos países e a catapultou a um nível de fama internacional até então inédito para uma atriz de língua estrangeira atuando fora de Hollywood. Ela trabalhou com diversos cineastas renomados, interpretando personagens com elegância e sensualidade fotogênica. Seu estilo de vida liberal e inconformista na Europa do pós-guerra também chamou atenção de muitos intelectuais franceses e despertou grande interesse público. Simone de Beauvoir, em sua obra de 1959 intitulada A Síndrome de Lolita e baseando-se em temas existencialistas, descreveu Bardot como "uma locomotiva da história das mulheres".
Mesmo sem ganhar importantes prêmios do cinema durante sua carreira, com exceção de um David di Donatello em 1961 e uma indicação ao BAFTA em 1967, Bardot causava histeria na imprensa internacional e era uma das poucas atrizes não americanas de sua época que recebiam grande atenção da mídia dos Estados Unidos, onde surgiu o termo "Bardot mania" para descrever a adoração e o frenesi que sua imagem causavam. Além disso, seu visual marcante, com cabelos longos e loiros, seu estilo de vestir e seu lifestyle influenciaram a moda e o comportamento das gerações rebeldes dos anos 1950 e 1960 e a transformaram em um ícone pop.
Depois de encerrar sua carreira de atriz em 1974, pouco antes de completar 40 anos, Bardot passou a dedicar o seu tempo na defesa dos direitos dos animais, liderando campanhas internacionais e erguendo uma fundação em 1986. Sua popularidade sofreu declínio no final da década 1990 e nos anos 2000, quando ela enfrentou uma série de processos e condenações na justiça francesa por suas posições hostis ao Islã na França e o sacrifício de animais em seus rituais. Apesar disso, seu legado no cinema continuou inspirando a moda e muitos artistas da contemporaneidade, a fazendo permanecer uma figura ilustre do cenário cultural francês.
Ela foi eleita pela revista TIME um dos cem nomes mais influentes da história da moda, enquanto a Los Angeles Times Magazine a listou como a segunda mulher mais bonita do cinema. Bardot também é um dos membros do Global 500 Roll of Honour e em 1985 foi premiada com a Legião de Honra Francesa, mas causou polêmica ao recusar o prêmio. Em 1995, o The Times a colocou com destaque na lista dos "1000 nomes que fizeram o Século XX".